"COMO ENCARAR A DERROTA"
Informações pessoais:
Nome: Patrícia Regina Moreira Marques
Data de nasc.: 11/02/19??
Nacionalidade: Brasileira
O tema acima parece nos indicar uma fórmula para a não desejada derrota. Mas, aceitar uma derrota não tem uma receita igualitária para todas as pessoas. Estão imbricados objetivos, metas, maneira como avaliamos os desempenhos e a retomada para novas etapas.
É comum algumas pessoas confundirem derrota com fracasso. Nem sempre uma derrota será devido a um fracasso, por mais que pareça ser. Participantes de uma competição evidentemente querem a vitória. O primeiro lugar é o objetivo. Todos nós brasileiros ainda convivemos com resultado do final da Copa do Mundo de 2014. A derrota para a Alemanha levou alguns brasileiros a um sentimento de fracasso e incompetência. O 7X1 ainda ecoa em alguns bate-papos em vários lugares, inclusive entre nós na igreja. Na derrota, procuramos um culpado, e especificamente nesse jogo de 2014, talvez a maior desculpa estivesse na confiança em um único atleta. Palpites não faltam: “- Ele não pôde participar, se estivesse lá, certamente seríamos vitoriosos”. A transferência de culpa é uma alternativa que procura amenizar o sentimento de incapacidade para vencer.
A derrota permite um pensamento reflexivo. Rever o caminho que foi escolhido, novas técnicas, melhores escolhas de líderes ou competidores. Muitas vozes ecoam direcionadas aos líderes que estão à frente de competições. Se eles fossem ouvir todas, ou apenas uma que os levasse a um resultado não desejado, já estariam derrotados. Como então ouvir “a voz” certa? Como agir com convicção que a derrota passará longe de nós? Talvez aqui possamos ter uma indicação que nos assegure a caminhar com mais confiança. Reconhecer a voz do líder é essencial para uma caminhada com probabilidades de acertos.
Ainda que o Antigo Testamento nos relate estranhas estratégias (para nosso entendimento), no sentido que vidas eram ceifadas para que o nome de Javé fosse conhecido, esses relatos nos ensinam que ouvir e obedecer à voz de Deus era a tarefa de profetas e profetizas. No livro de 2 Reis 1, Acazias, rei de Israel envia seus mensageiros para consulta a Báal–Zerub, deus de Eqron, na ânsia de restauração de sua saúde. A estratégia de Deus dirigida à Elias para confrontar o rei é pontual: “ Acaso não existe Deus em Israel para que tenhas de consultar Báal – Zerub...?” . O enredo culmina na morte de 100 mensageiros e por fim, na própria morte do rei Acazias. Elias obedece à voz de Deus e certamente muitos conheceram que somente Javé é Deus.
Outros exemplos na Bíblia nos apresentam homens e mulheres que em suas experiências com Deus foram bem sucedidos, outros por não obedecerem, tropeçaram em suas próprias estratégias.
Ser vitorioso/a ou derrotado/a depende do ponto de vista de quem analisa. Nos relatos do Novo Testamento, o grupo de seguidores de Jesus entenderam que sua morte era o cumprimento da promessa. No evangelho de Lucas encontramos: “Ora, não era imprescindível que o Cristo padecesse para que entrasse na sua glória?” Para outros grupos, como os judeus não convertidos a Cristo, a morte de Jesus na cruz foi sua derrota, seu fracasso.
Entendemos que sem a cruz, Jesus não teria vencido a morte. Sabemos que a morte foi a sua vitória. E Somos vitoriosos com Ele. Os registros do apóstolo Paulo nos afirma: “Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo". I Co. 15.57.
Vivenciamos muitas situações de derrotas, estas fazem parte da vida. Evidentemente somamos esforços para que tenhamos resultados positivos. Um que desejo destacar é nossa responsabilidade nas eleições que acontecerão para novos governantes em nosso país. Não sabemos o dia de amanhã, não sabemos as estratégias daqueles que estarão à frente dos cargos aos quais vencerão. Não sabemos se realmente ouvirão a voz de Deus. Às vezes parecemos que já estamos cansados de tanta derrota que nosso Brasil enfrenta mortes, corrupção, impostos altos... Tudo parece que leva a um caminho de fracasso. Ser fracassado é apenas olhar o fato e não recomeçar. Ainda bem que podemos recomeçar sempre. Esses momentos me apego novamente nas palavras de Paulo, o apóstolo: “ - ... meus irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis fazei sem cessar progressos na obra do Senhor, sabendo que vossa fadiga não é inútil no Senhor”. - I Co. 15.58.
Ah! A Copa? Está tudo bem por enquanto. Palpites aqui, outros ali. Torcidas organizadas, irmãs e irmãos juntos em uma só voz! O resultado? Seja qual for, saberemos recomeçar sempre. Talvez essa seja a estratégia para qualquer resultado, não só na vitória, mas também nas derrotas da vida.
Abraço fraterno!
Patrícia Regina Moreira Marques
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