"TRABALHAR EM EQUIPE
– NO ESPORTE, NA IGREJA E NA VIDA"
“Cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: “Seja forte!” (Is. 41.6)
Informações pessoais:
Nome: Rodney Batista dos Santos
Nacionalidade: Brasileiro
No dia 14 de junho, teve início a Copa do Mundo de futebol, evento com forte apelo midiático e capaz de envolver e congraçar pessoas de diversos países. Como quase tudo na vida (ou tudo), o evento é um momento oportuno para gerar reflexões das mais diversas possíveis, dentre as quais, a importância de trabalhar em equipe, situação que pode envolver vários contextos do cotidiano. Considerando a organização de um selecionado nacional, parte-se sempre da ideia de um técnico que convocou os melhores atletas com condições técnicas, físicas e clínicas ideais, porém isso não garante sucesso ou produz a convicção do cumprimento de uma meta definida. É necessário muito treinamento, muitas jogadas ensaiadas, organização tática, preparação física e também uma gestão de grupo muito assertiva, afinal não basta ter talentos brilhantes em mãos, os considerados os melhores em cada posição, porque em uma prática esportiva de dimensão coletiva a ideia do grupo deve se sobrepor as individualidades, ou seja, cada um deve disponibilizar ao bem comum o seu talento individual. A tarefa não é simples, pois muitos atletas tem o status de protagonistas em seus clubes e em uma seleção a disponibilidade de ser “um com” é um desafio muito grande a ser administrado pelos gestores do grupo e assimilado pelos atletas.
Há outros contextos que envolvem o trabalhar em equipe, por exemplo: ambiente de trabalho, famílias, Igrejas e outras organizações sociais das mais diversas. O que torna desafiador o trabalho em equipe em qualquer circunstância é a complexidade inerente ao ser humano e isso envolve ambiente formativo, temperamento, percepção sobre a vida, interesses próprios e outros tantos outros aspectos que transformam o convívio e trabalho em equipe uma arte em busca da melhor harmonização possível. O exercício da escuta, o diálogo e priorizar o coletivo face ao individual pode favorecer em muito o desenvolvimento do trabalho em equipe.
A Igreja é um espaço que requer de seus membros a percepção da importância do trabalho em equipe. Não deve haver lugar para a vaidade, soberba, inveja e facções, mas, infelizmente, muitas vezes os aspectos mencionados estão presentes no Corpo de Cristo. Mesmo sendo uma instituição divina, ela é formada por mulheres e homens que trazem consigo suas fragilidades, marcas da vida e muitos fardos. Paulo escrevendo à Igreja em Corinto (I Co. 12), tratando dos dons espirituais faz uma analogia, à partir de um corpo mostrando a necessidade de aceitar seu lugar e sua função, valorizar as outras partes e favorecer a totalidade do corpo em busca de uma caminhada mais ajustada e harmoniosa. Escrevendo à Igreja em Éfeso (Ef. 4 e 5), Paulo também orienta às irmãs e irmãos a cumprirem os mandamentos que envolvem a mutualidade (sujeitando-vos, suportando-vos, sendo benignos, misericordiosos, perdoando uns aos outros), sempre em amor.
Inegavelmente, trabalhar em equipe é um desafio de grandes proporções, mas os resultados mais efetivos são fruto dessa forma de trabalho.
Se as seleções procuram ter os melhores técnicos, as empresas os melhores executivos e as organizações sociais os melhores líderes, para exercer o comando de seus respectivos grupos, a Igreja tem no seu comando Jesus Cristo, o Senhor e é ele quem edifica a Igreja (Mt. 16:18) e n’Ele, ainda que com tropeços e alguns dissabores próprios da natureza humana, temos a certeza da vitória. Trabalhar em equipe na Igreja é muito importante, mas o essencial é seguirmos as orientações de quem está no comando. Que caminhemos sempre sob a orientação de Deus.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (I Co. 15:58).
Rodney Batista dos Santos
Membro da Igreja Metodista Central em Santo André
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