Nos dias atuais está difícil confiar nas pessoas. Antigamente a palavra dada era a garantia de que o compromisso seria cumprido. Agora é necessário registrar em cartório contratos para que se garanta o que foi acordado. A falta de honradez é o que motiva o referendo cartorial. Na Igreja, as relações deveriam ser firmadas na confiança e na fé de que quando um irmão promete alguma coisa, ela será cumprida. Infelizmente não é assim que as coisas acontecem. Como Pastor e Bispo tenho visto muitos votos feitos no altar sendo quebrados. Votos feitos nos batizados infantis; na recepção como membro da Igreja; na consagração de ministérios; e muitos outros.
Deste modo, reforça-me a desconfiança de que
a relação dos crentes com Deus também tem sofrido quebra de confiança, pois se julga o caráter de Deus a partir da vivência e da relação com as pessoas em nosso dia a dia. Deus não é humano; Ele é Deus! Deus não mente e nem deixa de cumprir Suas promessas.
Assim como Deus, devemos honrar compromissos firmados e não se arrepender das promessas feitas por meio dos votos.
DEUS DE PROMESSAS
“E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus” – Deuteronômio 28.1,2.
A partir dos versículos iniciais de Deuteronômio segue uma série de promessas feitas ao povo de Deus e em todas elas há um vínculo condicional. Se ele não for cumprido as promessas não se realizarão. Estamos no tempo da graça, mas ela não nos desobriga do cumprimento daquilo que Deus espera do seu povo. Também somos povo de Deus.
A Bíblia relata muitas promessas feitas por Deus para aqueles e aquelas que se tornaram seus filhos e suas filhas. Vale reafirmar que
para cada promessa bíblica o Senhor colocou uma condicionante. Ao cumprir a condicionante, conquistamos a bênção vinculada a ela. Porque Deus não quebra as promessas que faz. Ele sempre honra a Sua Palavra.
Com certeza, cada um de nós tem alguns versículos memorizados e que gosta de citar ou escrever fixando-os em determinados locais para tê-los sempre no coração. Podemos fazer isso, nada há de errado; todavia, não podemos querer receber a promessa do versículo cobrando de Deus sua realização, sem cumprir a nossa parte.
O QUE DEUS PROMETEU?
Ao ler Deuteronômio 28, verificamos uma sequência de promessas, das quais listarei algumas: bênçãos para nossa família e nossos bens (v. 4); bênçãos de prosperidade (v. 11,12); livramento de nossos inimigos (v. 7); ocupar um lugar de honra (v. 13); somos abençoados em tudo (v. 6).
As condições para que as promessas se realizem em nossa vida são apresentadas nos versos 1 e 2. É exigência do Senhor que sejamos fiéis e obedientes. Em toda a Bíblia essas exigências são sempre esperadas por Deus. Deus está disposto a nos abençoar. Entretanto, devemos permanecer fiéis e obedientes.
Deus é fiel! Sempre cumpre Sua parte diante das promessas que faz. Algumas pessoas pensam que podem enganar ao Pai, com chantagens emocionais. Dizem que se Deus abençoá-las em alguma necessidade específica, serão fiéis e obedientes. “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” – Mateus 6.33.
Primeiro Deus e depois as outras coisas. Neste princípio, não cabe nenhum tipo de negociata e nem chantagem emocional para mover o coração do Senhor.
DEUS CUMPRE SUAS PROMESSAS
Os mandamentos e as orientações divinas, mesmo que estejam em desacordo com o que desejamos, devem ser obedecidos. Importa para nós, povo de Deus, sermos guiados por Sua Palavra, pois as condicionantes postas por Deus devem ser executadas.
Obedecendo e sendo fiéis a Deus, certamente conquistaremos bênçãos conforme Suas promessas.
Oro para que os irmãos e as irmãs da Igreja entendam os meios que Deus se utiliza para nos abençoar. Que obedeçam e sejam fiéis ao nosso Deus. Para obedecer e ser fiel é necessário conhecer as orientações e para isso, ler e estudar a Palavra do Senhor deve estar na pauta dos afazeres diários.
Com estima pastoral,
José Carlos Peres
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