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Honestidade em negócios (06)

"Feliz é o homem que empresta com generosidade e que com honestidade conduz os seus negócios.” - Salmo 112.5

Antes de falar sobre honestidade em negócios especificamente, é importante termos claro na mente o que significa a palavra honestidade!


Segundo um dos sites pesquisados, honestidade

Outra fonte diz que


Com base nestes significados, fica claro que não se é honesto sozinho. A honestidade se manifesta nas relações humanas em seus diversos aspectos: em nosso relacionamento familiar, em nosso relacionamento amoroso, e também em nossos relacionamentos comerciais ou de negócios.


Antes de continuar, preciso ser honesto com vocês: há mais de 10 anos eu empreendo, de forma que darei alguns exemplos pessoais a seguir, mas não tenho qualquer objetivo de ser comercial, usar este espaço para atrair clientes, ou qualquer coisa do tipo, ok?


Falando da honestidade em nossos relacionamentos comerciais e de negócios, a maior razão para a falta de honestidade é descrita pelo apóstolo Paulo em 1 Timóteo 6.10:

o amor ao dinheiro.

Aliás, ele descreve este amor ao dinheiro como sendo a raiz de todos os males.


Trabalho como assessor de investimentos e educador financeiro desde 2008, e praticamente todos os dias convenço pessoas a investirem melhor seu dinheiro, por meio de plataformas como XP, Órama e outras. E acredite: fazer pessoas mexerem com seu precioso dinheiro para investi-lo melhor não é nada fácil.


Em praticamente todas as primeiras reuniões e conversas que tenho com novos clientes, é necessário usar um tempo para falar quem sou, minha experiência e minha empresa e principalmente sobre a segurança do mercado de investimentos (dos que estão debaixo da regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), claro). Tudo isso, para aceitarem iniciar uma conversa mais aprofundada sobre seus investimentos.


Uma vez vencida esta primeira etapa, vem a segunda etapa, mais difícil que a primeira: vencer o sentimento de falta de honestidade que a maioria das pessoas tem hoje em dia. Convencer que, de fato, o que tenho a oferecer é algo bom para a pessoa, e não apenas para mim.


Algumas das pessoas que atendo pela primeira vez são cristãos, inclusive metodistas, e alguns me conhecem deste muito novo, há muitos anos. E mesmo assim, não é raro passar pelo mesmo critério de avaliação, para atestarem que sou fora da igreja, a mesma pessoa que conhecem dentro dela.


Esta insegurança quanto à falta de honestidade está em praticamente todos nós, infelizmente, nos dias de hoje. Costumamos começar nossos relacionamentos comerciais e de negócios justamente tentando entender onde está a “pegadinha”, onde estão querendo me passar a perna, onde estão tentando me enganar, onde estão fraudando, o que estão omitindo, onde podem estar dissimulando ou distorcendo a realidade do que está sendo apresentado.


De fato, esta insegurança não é infundada. A Bíblia fala sobre casos de falta de honestidade, como quando Labão enganou o enganador Jacó (Gênesis 29), ou quando Ananias e Safira tentaram enganar os apóstolos (Atos 5).


E olhando os dias atuais, falando especificamente do Brasil, estamos numa situação particularmente complicada. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 4º país mais corrupto do mundo, ficando atrás apenas de Chade, Bolívia e Venezuela. E segundo uma pesquisa da revista Nature, países mais corruptos tendem a ter pessoas mais desonestas.


Simon Gachter, professor da Universidade de Nottingham e um dos autores desta pesquisa da Nature, cita que

“As pessoas limitam seu nível de desonestidade conforme o que percebem como aceitável em sua sociedade e o que enxergam a seu redor”.

Um outro estudo da University College London traz um outro fator ainda mais complicador: o de que o cérebro se acostuma com a desonestidade.


Frente a tantas notícias e estudos desalentadores, tenho uma boa notícia para compartilhar com vocês: somos peregrinos aqui! Somos brasileiros e temos responsabilidades em nosso país, claro, mas somos cidadãos do céu! A lógica do mundo não deve superar a lógica do REINO dentro de nós! Somos geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, chamados pra anunciarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz! (1 Pedro 2.9)!



Como cidadãos dos céus, temos o COMPROMISSO de não reproduzirmos esta lógica mundana de busca de vantagens a qualquer preço, de amor ao dinheiro, de enganações, de malandragens, de espertezas. Temos o COMPROMISSO de sermos sal e luz neste mundo, inclusive (e principalmente) em nossos relacionamentos comerciais e de negócios!


Em Mateus 5, Jesus nos diz firmemente:

“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem ao Pai de vocês, que está no céu”.

Um detalhe importante: não quero dizer que a honestidade é necessária apenas por sermos cristãos. A honestidade deve(ria) fazer parte da consciência de todo ser humano, em todas as relações, apenas por sermos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus. O que facilita para nós e nos inspira à honestidade, é que temos um REFERENCIAL, um norte!


Podemos olhar pra Cristo e para exemplos bíblicos, e enxergar exemplos de honestidade. Ser humano e ser cristão é poder dizer como Paulo em 2 Coríntios 8.21:

“Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens”.
Ronaldo Bella

Metodista e Sócio da empresa Allux Educacional


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