“[...] Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” – 1 Samuel 17.26
Tomo a liberdade de explorar o questionamento de Davi para expressar o sentimento que me vem ao coração quando penso sobre os acontecimentos que estamos vivendo nos últimos dias. Ouvimos falar dos imigrantes, da corrupção no meio político, da crise econômica entre outras coisas. Davi, em um momento em que o povo estava sendo afrontado por um filisteu gigante, segundo o relato bíblico se tratava de um guerreiro com 2,90 metros de altura.
O gigante amedrontava os guerreiros israelitas. Ninguém ousou enfrenta-lo. Todos julgavam que ele era invencível, até que surgiu Davi e resolveu enfrentá-lo e o derrotar.
Davi tinha a experiência de caminhar sob a direção de Deus. Nota-se isso pelas afirmações de fé que ele utiliza durante o período em que se desenvolveu a batalha: Quem é esse incircunciso? O Senhor me livrará das mãos dele. Eu venho a ti em nome do Deus dos Exércitos. Deus deu a ele a vitória e ele foi honrado por sua fé e confiança depositadas no Senhor.
Observando as circunstâncias diárias, sentimos que a situação vivencial no país, em função da crise econômica, não está nada fácil. O nosso povo está sofrendo e em situações semelhantes se encontram muitos de nossos vizinhos na América Latina. Tudo isso tem reflexos na igreja. Nestes momentos, penso que a atitude do povo de Deus deveria ser de fé e de esperança no livramento que Deus pode dar.
É confiando no Senhor, em seu poder de livrar, que escrevo esta pastoral. Ela tem a intenção de alertar os metodistas sobre as dificuldades que enfrentamos como igreja e motivá-los a lutarem contra a crise em nome do Senhor dos Exércitos.
2018 entrou no seu último quadrimestre. Sou levado a refletir sobre o que nos resta fazer para terminarmos o ano bem. As expectativas no início do ano é de que ele fosse melhor que o ano anterior em todos os sentidos. A expectativa furou! É só acompanhar o noticiário para observar que as coisas continuam da mesma forma, em alguns casos, estão bem piores.
A crise financeira atingiu aos brasileiros e aos nossos vizinhos na América Latina. A Igreja Metodista na Terceira Região sente os seus efeitos. Olhando somente pelo viés econômico, aprovamos o orçamento programa apresentado no 43º Concílio Regional para nortear a igreja nas questões financeiras em 2018/2019. Ao analisar o realizado até o momento, o quadro apresenta uma redução na arrecadação financeira das igrejas locais e consequentemente houve diminuição na arrecadação regional. Para equilibrar a baixa de arrecadação, tomamos providências no sentido de diminuir as despesas.
Quando a crise agride duramente a missão, é momento de nos levantarmos e como Davi, olhar bem nos olhos dela e dizer:
quem é essa crise diante do Deus que servimos?
Ela vem a nós ferozmente e tenta nos derrotar, mas nós a enfrentamos em nome do Deus vivo. Olhando para as circunstâncias vemos somente o seu tamanho gigantesco, mas olhando para o livramento que Deus, o Senhor dos impossíveis, pode dar. Ficamos mais confiantes para fazer tudo o que pudermos para derrotá-la.
A Bíblia diz que Davi usou das habilidades que tinha para, em nome de Deus, lutar contra o Gigante. Acredito que da mesma forma devemos utilizar nossas habilidades para em nome de Deus vencer as dificuldades impostas pela crise.
Analisando o levantamento da Oferta Nacional Missionária, ocorrida em maio, observei que ainda temos igrejas que não enviaram suas ofertas. Fiquei pensando, será que diante do desafio missionário feito a igreja não conseguiu arrecadar nenhum real sequer? Se for isso o que aconteceu, entendo que a crise está vencendo. Assim, necessitamos desenvolver campanhas de oração e jejum para que o mal cesse e Deus conceda a vitória. Na história da vida do Rei Davi encontramos referências que ele andou retamente diante de Deus. A igreja que anda retamente diante de Deus também há de prosperar em seu caminho.
O desafio é que avaliemos nossa conduta e se formos achados em falta, peçamos perdão a Deus e vivamos de modo a agradá-lo.
Com amor e carinho,
José Carlos Peres
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