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Dia do Trabalhador

Dia do Trabalhador - 01/05

"Consagre ao Senhor tudo o que você faz e os seus planos serão bem-sucedidos." - Prov. 16.3
"Você comerá do fruto do seu trabalho e será feliz e próspero." - Sl. 128.2

No dia 1º de maio de 1886 trabalhadores da cidade de Chicago (EUA) saíram às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho e a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. O movimento cresceu tanto que se tornou uma greve geral dos trabalhadores daquele país. No decorrer dos dias acontecerem muitos conflitos com policias, se acirrando a tal ponto de ocorrer mortes tanto de manifestantes como de policiais.


Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a organização dos partidos socialistas e operários, chamada Segunda Internacional, reunida por ocasião do Congresso Internacional de Paris, em junho de 1889, criou o Dia Internacional dos Trabalhadores, que seria comemorado no dia 1º de maio de cada ano.


No Brasil a data se tornou oficial a partir do decreto nº 4.859, do presidente Arthur da Silva Bernardes.


John Wesley, fundador do movimento metodista, sempre esteve ao lado dos trabalhadores/as, evangelizando e ajudando de diversas formas os/as operários/as e mineiros de carvão.


Por meio do trabalho missionário, organizando os membros das sociedades metodistas em classes, as pessoas utilizaram o modelo de reunião em sociedades para se organizar, refletir e lutar pelos direitos trabalhistas.


O Pastor e professor José Carlos de Souza, em um artigo intitulado Raízes Históricas do Credo Social: Convergências entre J.Wesley e W. Rauschenbusch, constata que a ação de John Wesley está vinculada ao “surgimento do movimento sindical, à educação de liderança sólida e à fé na democracia”[i].


A preocupação social dos metodistas propiciou a elaboração do Credo Social, em 1908 nos Estados Unidos, doutrina social da Igreja Metodista. O Credo está presente nos Cânones da Igreja Metodista no Brasil desde 1934, cuja versão atual diz o seguinte: “A pobreza de imenso contingente da família humana, fruto dos desequilíbrios econômicos, de estruturas sociais injustas, da exploração dos indefesos e das indefesas, da carência de conhecimentos, é uma grave negação da justiça de Deus. As excessivas disparidades culturais, sociais e econômicas negam a justiça e põem em perigo a paz, exigindo da sociedade, como um todo, intervenção competente com planejamento eficaz para vencê-las. É injusto aumentar a riqueza dos ricos e das ricas e poder dos/das fortes confirmando a miséria dos/das pobres e oprimidos e oprimidas. Os programas para aumentar a renda nacional precisam criar distribuição equitativa de recursos, combater discriminações, vencer injustiças econômicas e libertar o homem da pobreza” [ii].


Muitos associam o trabalho a tormento, ainda remontando ao relato da queda da humanidade em Gênesis 3.19: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”.


Mas vemos que o tema do trabalho é vivenciado pelo próprio Deus no ato da criação, que também estabelece o equilíbrio pelo descanso no sétimo dia. Em João 5.17 Jesus afirma que seu Pai trabalha até hoje e Ele também.


Há um outro lado do trabalho, ligado à criação, criatividade, ao prazer e à alegria. Não se deve trabalhar apenas por dever, mas por prazer. "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância", afirma Jesus. Não se trabalha apenas por trabalhar, mas almejando uma realização específica, seja intelectual, profissional, material ou até mesmo espiritual.


Dessa forma, o trabalho pode ser encarado como uma fonte de alegria e de bênção, se concebido algo que pode nos trazer prazer, em certa medida, e não como fonte de alienação e descontentamento.


Dia 1º de maio: não esqueçamos da luta e da labuta de milhares de trabalhadores/as ao redor do mundo, mas também não deixemos de agradecer pelo nosso trabalho e, principalmente pelo trabalho de Jesus para nossa salvação!


Feliz dia do/a Trabalhador/a!

Assessoria de Comunicação

[i] SOUZA, José Carlos. Raízes Históricas do Credo Social: Convergências entre J.Wesley e W. Rauschenbusch. In: Helmut Renders (org). Sal da Terra e Luz do Mundo: 100 anos do credo social metodista. São Bernardo do Campo: Editeo, 2009. pgs.65 a 78.

[ii] CREDO SOCIAL. In: Cânones 2012-2016. São Paulo: Sede Nacional da Igreja Metodista, 2012. pgs.57 e 58.


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