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Do Pecado Depois da Justificação (12)

“Por conseguinte, quem crê estar firme, tenha cuidado para não cair”1 Coríntios 10.12

O ensino da justificação pela fé é o que separa o cristianismo bíblico de todos os outros sistemas de crença. Em todas as religiões, e em alguns ramos do que é chamado de “cristianismo”, o ser humano tem de trabalhar em seu caminho para Deus. Apenas

no verdadeiro cristianismo bíblico o ser humano é salvo como resultado da graça pela fé.

Só quando voltamos à Bíblia vemos que a justificação é pela fé, independentemente das obras.


A palavra justificado significa “pronunciado ou tratado como justo”. Para um cristão, a justificação é quando Deus não só perdoa os pecados do crente, mas imputa nele a justiça de Cristo. A Bíblia diz, em vários lugares, que a justificação só vem pela fé (por exemplo, Romanos 5.1, Gálatas 3.24). A justificação não é conquistada por meio de nossas próprias obras; em vez disso, somos cobertos pela justiça de Jesus Cristo (Efésios 2.8; Tito 3.5). O cristão, quando declarado justo, é assim liberto da culpa do pecado.


Chef preparando um prato

A justificação é uma obra concluída de Deus e é instantânea, ou seja, ela ocorre no momento da salvação. Por outro lado, a santificação é um processo contínuo de crescimento pelo qual nos tornamos mais semelhantes a Cristo (o ato de “ser salvo”, conforme 1 Coríntios 1.18; 1 Tessalonicenses 5.23). A santificação ocorre após a justificação.


Entender a doutrina da justificação é importante para um cristão. Em primeiro lugar,

é o próprio conhecimento da justificação e da graça que motiva boas obras e o crescimento espiritual; assim, a justificação leva à santificação.

Além disso, o fato de que a justificação é uma obra completa de Deus significa que os cristãos podem ter certeza da sua salvação. Aos olhos de Deus, os crentes têm a justiça necessária para ganhar a vida eterna.


A doutrina da justificação pela fé nos ajuda a manter “pura devoção a Cristo” (2 Coríntios 11.3). Manter a justificação pela fé nos impede de cair na mentira de que podemos ganhar o Céu. Não há nenhum ritual, nenhum sacramento, nenhuma ação que possa nos tornar dignos da justiça de Cristo. É somente por Sua graça, em resposta à nossa fé, que Deus nos credita a santidade de Seu Filho. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento dizem: “O justo viverá pela fé” (Habacuque 2.4; Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38).


O 12 Artigo de Religião do Metodismo Histórico – Do Pecado depois da Justificação:

Nem todo pecado voluntariamente cometido depois da justificação é pecado contra o Espírito Santo e imperdoável; logo, não se deve negar a possibilidade de arrependimento aos que caem em pecado depois da justificação. Depois de termos recebido o Espírito Santo, é possível apartar-nos da graça recebida e cair em pecado, e pela graça de Deus levantar-nos de novo e emendar nossa vida. Devem, portanto, ser condenados os que digam que não podem mais pecar enquanto aqui vivem, ou que neguem a possibilidade de perdão àqueles que verdadeiramente se arrependam.

Em 1 João 1.10, o apóstolo declara: Se dissermos que não pecamos, fazemos Dele um mentiroso e não conservamos sua mensagem. Este versículo não apenas fala da possibilidade de pecarmos depois da justificação, mas ainda nos coloca algo mais profundo, ou seja, ele faz um apelo ao ato de reconhecimento do pecado, à sinceridade, à transparência e à busca da confissão de nosso pecado a Jesus Cristo. Cremos na graça de Deus que nos possibilita buscar o perdão, uma nova chance, o perdão de Jesus Cristo para os nossos pecados. Romanos 6.14 declara: “O pecado não terá domínio sobre vós, pois não viveis sob a lei, mas sob a graça”.

Uma coisa é pecar como por um acidente de percurso; outra coisa é ser dominado pelo pecado e viver constantemente na prática do pecado. Nós, metodistas, cremos no perdão de Jesus Cristo que alcança o mais vil pecador ou pecadora.

Este perdão alcançou prostitutas, adúlteros/as, corruptos/as, impostores/as e tantos outros.


Para buscar o perdão e a misericórdia de Deus em nossa vida, João Wesley nos dá o seguinte conselho: Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus. Nossa posição deve ser de buscar o perdão, a graça e a misericórdia de Deus sobre a nossa vida. Lutar e permanecer firme para não cair em tentação e ceder à vontade da carne, porém se cairmos temos um Advogado junto ao Soberano Deus. Este é o caminho para todo aquele e aquela que crê em Deus e no Seu Filho Jesus Cristo: “Se confessarmos nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e lavar-nos de todo delito” – 1 João 1.9.


A doutrina da justificação pela fé nos ajuda a manter a “pura devoção a Cristo” (2 Coríntios 11.3).

Manter a justificação pela fé nos impede de cair na mentira de que podemos ganhar o Céu por mérito, podemos pecar e não ter consequências de tais atos ou que não seremos perdoados se, verdadeiramente, arrependermo-nos.

“Ele nos deu vida, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados” – Efésios 2.1.


Por fim, o genuíno arrependimento pessoal para com Deus e a fé no Senhor Jesus Cristo são os dois elementos básicos do arrependimento. O arrependimento é o meio; e a fé é a condição da salvação. As provas de um verdadeiro arrependimento salvador incluem a consciência e a confissão do pecado, assim como uma profunda tristeza pelo pecado e a sua renúncia de coração – “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” – Mateus 3.2.


Oremos para que nunca nos falte o sopro do Espírito Santo a nos guiar e guardar no eterno cuidado do nosso Senhor Jesus Cristo; conduzindo-nos, diariamente, por caminhos de vida, arrependimento, perdão, santificação e eterna gratidão por sermos justificados em Cristo Jesus.


Alexandre Ruffa Rodrigues da Silva

Pastor na Igreja Metodista em Vila Conde do Pinhal.


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