Um dia eu ouvi essa pergunta e fiquei me questionando o que realmente é uma igreja relevante para a nossa sociedade atual.
Como manter a tradição de uma igreja influente desde o seu início?
Essas indagações passaram a tomar ainda mais espaço em meus pensamentos quando vi em um site cristão uma pesquisa de que, em uma ou duas décadas, as igrejas históricas poderiam encerrar seus trabalhos por falta de membros atuantes.
Em 2014 fui designado como seminarista para a Congregação Metodista em Embu Guaçu/SP. Por direção de Deus, eu e minha esposa decidimos que o trabalho pastoral teria resultados melhores se morássemos na cidade, então abandonamos nossas profissões para iniciar esse desafio. Ao chegar na igreja nos deparamos com uma pequena comunidade, com uns 15 adultos que haviam passado por muitas dificuldades. A igreja chegara até a ser sublocada para a prefeitura durante um tempo, por falta de trabalhos locais. Isso acendeu ainda mais os meus questionamentos internos.
Uma igreja com uma história tão rica poderia perder tanto sua relevância a ponto de não ter mais influência alguma na sociedade? Ou chegaria ao ponto dessa igreja fechar as portas?
Bom, eu particularmente creio que sim! Vejo a real necessidade de nos reinventarmos, assumirmos que precisamos aprender com outros, de nos atualizar, “contemporarizar” assumindo a responsabilidade de novamente postularmos como igreja referência, como povo a ser modelado por novos cristãos dessa ou de outras denominações.
Então fui atrás, primeiro para entender o quão alarmante é nossa situação e percebi que, nas ruas, muitos conhecem a denominação A, B ou C, algumas dessas com menos de 25 anos de existência, mas não conheciam a Igreja Metodista do Brasil, ou associavam o nome com religiões asiáticas, seitas ou a Igreja Católica. Assumi o compromisso de que, na cidade onde resido, o nome de Cristo seria conhecido pelo trabalho do povo metodista.
Comecei a buscar referências dentro e fora da Igreja Metodista, no Brasil e no mundo. Comecei a ler sobre igrejas relevantes, sobre trabalhos que impactassem uma cidade e que transformasse a vida dos seus ouvintes, trazendo sobre eles propósito e missão de vida através de um discipulado sadio. Além da oração, jejum, meditação na palavra, além de uma pregação biblicamente assertiva, de um momento de louvor abençoado e de intercessão, o que mais nós poderíamos fazer para alcançar nossa cidade? Aqui em Embu-Guaçu alguns até me perguntavam se funcionava ainda alguma “coisa” naquele prédinho simples do centro da cidade (sim, essa “coisa” seria a Igreja Metodista).
Não foi fácil, mas algumas dessas ações já temos conseguido praticar. Percebemos carências que precisavam ser supridas em nossa estrutura de culto e em nossa assistência a cidade e nos organizamos para que todas essas faltas fossem muito bem trabalhadas até que as mesmas deixassem de existir. Hoje a Congregação Metodista na cidade de Embu Guaçu, que está para se tornar Igreja autônoma, para a glória de Deus, conta com uma média de culto de 200 adultos, com mais de 250 pessoas envolvidas nos grupos de discipulado espalhados pela cidade, com trabalhos sociais e evangelísticos que tem dado a nossa igreja rótulos referenciais como “a igreja do amor”, “a igreja do abraço”, “a igreja do skate” (por que não?) e outras igrejas tem desejado aprender conosco, participando de nossos eventos e pedindo orientações.
Se esses quatro anos (três anos reais, já que o primeiro ano é basicamente de conhecer a comunidade e sua localização) foram muito bons, temos a certeza de que os próximos serão ainda melhores, pois Deus está formando um exército extremamente relevante e influente em nossa cidade!
Algumas dessas ações serão compartilhadas neste espaço (www.iconexão.org.br) nas próximas semanas e eu estou ansioso para contar a vocês o que temos vivido em Cristo e para Cristo aqui em nossa cidade!
No amor do Abba,
Bruno Brito Oliveira
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