“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam
na região da sombra da morte resplandeceu a luz” – Isaías 9.2
Ergo minha voz de protesto para que respeitem o sentido bíblico do Natal. A Palavra de Deus afirma que o nascimento de Cristo traria esperança para um povo que andava em trevas. Como no passado, vemos que o povo continua em densas trevas: cultiva o Natal do mesmo modo que cultiva o Dia das Mães, o Dia dos Pais ou o Dia dos Namorados. Tudo gira em torno do comércio.
Retiraram Jesus Cristo do Natal. É ultrajante o que observamos nos dias que antecedem o Natal. Os filmes que abordam o tema somente contam histórias sobre o Papai Noel. O bom velhinho que premia com presentes os meninos e as meninas que se comportaram bem durante o ano. A maioria desses filmes é empolgante e cativante. Assim, uma festa celebrativa dos cristãos vai tomando contornos pagãos. Nos dias atuais, o Natal serve para aquecer o comércio e dar um up na economia.
O sentido verdadeiro do espírito natalino está caindo no esquecimento. A Igreja de Cristo não pode entrar na onda do consumismo que se instala nessa época do ano. Ela deve proclamar o projeto de Deus para os homens e para as mulheres, ensinando para as nossas crianças as sagradas letras do evangelho.
O Natal apresentado nos comerciais promove a ideia de que é apenas mais um feriado que consta no calendário e serve para aflorar os desejos carnais e não apresenta nenhum sentido religioso. O Natal bíblico tem sentido completamente diferente do que se vê ao andar pelas ruas da cidade; ou quando vamos ao cinema assistir algum filme que tenha como pano de fundo a motivação natalina. O nosso Natal marca o nascimento do Rei dos reis e Senhor dos senhores, Jesus Cristo. Ele espera do Seu povo adoração e fidelidade. Entretanto, o povo que deveria reconhecer o Jesus Salvador, é o mesmo que O despreza. A Igreja precisa receber o Senhor Jesus e devotar a Ele todo o tributo e honra. Afinal,
Jesus veio para os seus e foi rejeitado por eles. Mas, aqueles e aquelas que O receberam se tornaram filhos e filhas do Rei eterno. São herdeiros da promessa.
Clamo a Deus para que as Igrejas cristãs não se esqueçam de que Jesus Cristo é o verdadeiro sentido do Natal. Creio que o Natal só faz sentido para os cristãos e para as cristãs. Alerto aos irmãos e as irmãs cristãs que a Igreja de nosso Senhor não se envolve e nem apoia mentiras, por ser uma Igreja santa. Vamos erguer nossa voz profética para denunciar o estrago feito com o Natal. Quero ver Jesus Cristo sendo o genuíno motivo do Natal.
“O verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu” – João 1.10. O mundo continua sem
reconhecê-Lo. O Natal só fará sentido para o mundo quando Jesus Cristo for prioridade em seu coração. A Igreja necessita proclamar em alta voz que o Natal marca a presença do Deus encarnado entre nós para nossa salvação, ele é a marca de esperança e de restauração da humanidade com o seu criador.
“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade, e vimos a sua glória, glória como a do unigênito do Pai” – João 1.14.
Jesus Cristo é a revelação da glória do nosso Deus. O Natal não será plenamente entendido sem a cruz no calvário. Cristo viveu sua história no mundo. Ele nasceu e cresceu como qualquer outra pessoa. Quando adulto pregou sobre o reino de Deus. Ele fez uma nova leitura da Palavra dizendo que a relação com Deus se dá em amor e intimidade. Ele foi crucificado provando o Seu amor celeste por todos/todas nós. ׀ A morte não O segurou no túmulo! Ele ressuscitou e vivo está. Por essa razão, celebramos o Natal com esperança.
Entendo que a Igreja não pode perder tempo e deixar de testemunhar sua fé no Cristo ressurreto, expondo a Palavra com clareza e ensinando sobre o verdadeiro sentido do Natal. Tenho fé de que ela não se deixará vencer pelos argumentos que os marqueteiros fazem em defesa do Natal mundano e proclamará, a pleno pulmões, o Cristo de sua fé e do plano salvífico baseado no grande amor do Deus Pai pela humanidade caída e sem esperança.
O Natal celebrado pela Igreja tem em sua base o fundamento que Jesus nasceu e assim, se deu a encarnação de Deus no mundo. Essa afirmação motiva a Igreja dando-lhe condições de testemunhar às ovelhas desgarradas e perdidas para que encontrem a esperança ao andar com Cristo.
Finalizo lembrando-me de um “corinho” cantado em tempos passados:
Ele é realidade, ele é realidade. Ele não é sonho, ele é real. Ele é realidade, ele é realidade. Ele não é sonho, ele é real. Ele é a paz, o amor, a alegria e a vitória. Estou falando de Jesus Cristo.
Deus abençoe a cada um de vocês. Minha oração é para que o seu Natal traga de volta o Cristo da nossa fé. “Preparai o caminho do Senhor” para que Ele nos envolva com a chama do Seu amor.
Com estima pastoral,
José Carlos Peres
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