Aconteceu no último dia 12 de junho, nas dependências da Catedral Metodista de São Paulo, a segunda reunião de Pastores e Pastoras de 2018.
A reunião foi dirigida pela Assessoria de apoio ao Discipulado Pastoral e Pastoreio de Pastores e Pastoras, sob a coordenação do Rev. William de Melo e Revda. Ruth Bertoldo.
Foi um tempo de louvor e comunhão, no qual o Bispo José Carlos Peres trouxe uma palavra com base na carta de Paulo aos Filipenses.
Primeiramente, refletindo sobre Filipenses 1.9-10, o Bispo Peres expressou o desejo que o amor aumente mais e mais entre o corpo pastoral da Igreja. Que seja mais ofertado e servido o amor em toda igreja. Devemos ser um corpo. Se houver diferenças, devemos conviver e focar no amor.
No segundo ponto, em Filipenses 1.27, o Bispo convidou os pastores e pastoras a viver de modo digno do evangelho. Aparentemente isso pode dividir opiniões, pois muitos têm compreensões diferentes sobre o viver o evangelho de modo digno. Na Igreja de hoje ressurgem heresias que foram condenadas nos primeiros concílios. Devemos conhecer nossas doutrinas e nos manter firmes nelas para manter um vida digna e a unidade da igreja e, assim, andar de modo digno do evangelho e do chamado enquanto ministério metodista.
O terceiro ponto foi baseado em Filipenses 2.14-15, exortando a caminhar e viver sem murmurações nem contendas. Murmuração e contendas na igreja expõem irmãos e irmãs e enfraquece a todos/as. Devemos evitar que essas coisas aconteçam em nossas comunidades.
O quarto ponto foi baseado em Filipenses 4.2. O corpo pastoral da Igreja foi convidado a andar em concordância. Jesus ensina que se dois concordarem sobre o mesmo assunto a benção virá. Muitas vezes a benção não vem sobre nós porque não conseguimos andar concordância. O Bispo Peres citou o texto do Rev. Ronald publicado no iConexão, com o título Sobre o Pensar e Deixar Pensar, indicando sua leitura e afirmou que a essência do texto é que existe um padrão de pensamento doutrinário Wesleyano e que, quando nos comprometemos com a Igreja Metodista, nos comprometemos com esse padrão. Para questões que vão além do primordial como doutrina e fundamento, temos a liberdade para pensar e deixar pensar. Na ortodoxia metodista, parte da nossa liberdade é seguir nossa doutrina de forma consciente. Existem pontos que são fundamentais em nossa teologia e que fundamentam a unidade e identidade da Igreja em tudo aquilo que é essencial, mas que mantém a liberdade no amor. O Bispo ainda cita Evódia e Síntique, duas líderes que tinham pensamentos diferentes e que, provavelmente, tinham grupos que seguiam um ou outro pensamento, havendo talvez uma polarização.
Grupos seguindo ideias divergentes existem no seio da igreja, mas é importante que a polarização e divergência de ideias não gerem divisões e rupturas.
O Bispo encerrou sua palavra lembrando que é importante o envolvimento de todo o corpo pastoral no Pastoreio de Pastores e Pastoras, pois cada uma/a pode sentir-se amparados/as, amados/as, ter companheirismo e amizade que, juntamente com a missão de Deus, pode fortalecer nas lutas que cada uma/a enfrenta diariamente.
Se tivermos amigos/as e companheiros/as que possam nos fortalecer e nos dar orientações, a caminhada ministerial e a própria vida fica mais leve.
Após a reflexão da palavra, o Rev. William orientou que os pastores e pastoras se reunissem em pequenos grupos. Existem alguns e algumas que costumeiramente já se reúnem. Aos outros foi recomendado que se juntassem com pessoas com tem tivessem afinidade. O objetivo é que, além daquele momento, esses grupos possam continuar a se encontrar em momentos, formando um grupo de convivência, apoio, solidariedade e amizade.
Nesse contexto, a Pra. Ruth falou sobre a questão da solidão pastoral, tema que foi tratado no Encontro Ministerial, e questionou: nós temos alguém com quem possamos conversar e compartilhar nossa cargas? Com qual frequência compartilhamos nossa vida com um amigo ou amiga em nossa caminhada?
Os pastores e pastoras foram incentivados a conversar mais entre si, e refletir se cada um/a é uma pessoa disposta ouvir e de que forma ouve e se não há a prática de apenas ouvir e não elaborar a resposta antes do término da fala, ouvir sem falar, sem interferir.
Após esse tempo de reflexão e compartilhamento, a reunião foi encerrada com uma oração, e cada pastor e pastora saiu mais consciente da necessidade de uma vida em comunhão, amizade, partilha e a importância de deixar-se pastorear por seus colegas que são, acima de tudo, amigos e amigas e irmãos e irmãs que prosseguem na mesma caminhada.
Assessoria de Comunicação
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