Cristo, na verdade, ressuscitou dentre os mortos, tomando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu aos Céus e lá está até que volte a julgar os homens, no último dia.
Este é o terceiro artigo dos “Vinte e Cinco Artigos de Religião” que estamos estudando. Falar de ressurreição é, segundo o modismo atual, estar fora de tudo o que se fala e que se prega nas comunidades cristãs evangélicas. E eu não estou generalizando.
Quando olhamos para a Igreja primitiva, o tema “Ressurreição” era o centro da pregação. Em uma cultura greco-romana onde o corpo era visto como uma prisão para o espírito, voltar para o corpo seria loucura. É por isso que encontramos os apóstolos em suas cartas dando tanta ênfase à ressurreição de Cristo.
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Coríntios, no capítulo 15, defende a ideia de que Cristo tenha ressuscitado dos mortos e exorta a comunidade que ali está a crer nisso. Ele afirma: “E se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé...” (v. 14).
Manter a nossa fé viva na esperança da volta de Cristo, nos livra de desenvolver uma fé firmada no aqui e agora, no egoísmo do ser humano e, principalmente, na suposição de que não prestaremos conta alguma.
É claro que esse tipo de mensagem não agrada os ouvidos de muitas pessoas. Palavras como pecado, arrependimento, negar a si mesmo, humildade... não despertam a atenção, não enchem Igreja e não agradam os pseudos cristãos.
Quando me perguntam por que eu falo tanto de santidade, a minha resposta é rápida: porque eu sei que Ele vai voltar.
Quando vivencio a crença na ressurreição, reafirmo a minha convicção de que o meu Senhor um dia voltará para buscar a Igreja gloriosa. Estou dizendo que
a maneira como vivo hoje, está ligada na certeza de que haverá um dia em que estarei na presença de Jesus prestando contas da minha vida.
A Igreja precisa resgatar esta mensagem que poderia livrar muitas pessoas do engano e da condenação. Tenho por certo que um dos motivos de tantas distorções, erros e confusões no seio da Igreja é porque mensagens como essa não são pregadas em nossos púlpitos.
Quero propor a leitura de um texto intitulado: “A fé na ressurreição e o cotidiano cristão”, do Professor Paulo Roberto Garcia. O texto está publicado no Portal Nacional da Igreja Metodista.
Miguel Ângelo Fiorini Jr.
תגובות