Em 2005, o Colégio Episcopal da Igreja Metodista publicou um pronunciamento acerca do Referendo do Desarmamento, então em voga na agenda nacional. Naquele momento, a Igreja posicionou-se a favor da vida, enfatizando a busca da paz e o enfrentamento de toda forma de violência.
No momento em que a temática da violência volta à pauta da nação e de suas instâncias de decisão sobre as formas de seu combate, cabe-nos voltar aos nossos fundamentos. João Wesley e os primeiros metodistas lutaram por uma educação de qualidade, por melhor distribuição de renda, pelo enfrentamento das formas desumanas de trabalho e pela saúde das cidades. Na proclamação do Evangelho, a ênfase na paz e na justiça social como parte do projeto de plenitude de vida em Cristo.
Desta forma, reafirmamos nossos princípios. Entendemos que se deve lutar por uma sociedade pacífica e pacificadora, pois dessas tais pessoas é o Reino dos Céus. Entendemos que a chaga da violência, que ceifa vidas inocentes e alicia pessoas para o crime, deve ser tratada e sarada. O Reino de Deus deve ser anunciado em uma sociedade que carece de saúde, educação, moradia, cuidado para com as famílias, condições dignas de trabalho e de vida, enfrentamento dos males e vícios que fomentam o caos e roubam especialmente nossa juventude.
Nas palavras do apóstolo Paulo, lembramos que “andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus” (2 Co 10.3-4). E, lembrando as palavras dos bispos e da bispa, em 2005, seguimos firmes para “criar em nossa nação, tão empobrecida pelas desigualdades sociais, uma cultura de paz, de diálogo e solidariedade, sob a inspiração das palavras do profeta Jeremias: “trabalhai pela paz da cidade e orai por ela ao Senhor. Porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7).
Colégio Episcopal da Igreja Metodista
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